domingo, 6 de dezembro de 2009

A percepção cromática


Uma questão que sempre atraiu e ainda atrai a atenção de muitos filósofos é se existe mesmo uma Teoria da Cor associada à historia de alguns sistemas de cores que o homem vem organizando ao logo dos últimos séculos. Segundo o Diccionario Akal del Color, existem várias definições para a Teoria da Cor.

A estrutura psicológica da cor

- São cinco os tipos de contrastes psicodinâmicos das cores que produzem no homem diversos tipos de sensações de forma inconsciente, tais como:

Temperatura: sensação de que certas cores são quentes, frias ou mornas;

Simultaneidade ou contraste sucessivo: sensação de modificação das cores quando vistas em conjunto, dentro de certo arranjo espacial, especialmente em se tratando de tonalidades complementares, em decorrência de que a visão gera na retina o contraste sucessivo da cor complementar;

Dimensão: sensação de que a cor tem efeito aproximante, distanciante ou estático;

Peso e tamanho: sensação de que as cores mais escuras são menores e mais pesadas e as mais claras são maiores e mais leves;

Sabor: sensação de que as cores quentes estimulam o apetite: são mais claras, doces e mais “comestíveis”; e de que as cores frias desestimulam a apetência: são mais escuras e amargas, sendo porém mais aceitas como as cores “bebíveis” dos vinhos tintos, do café e dos licores.

Na retina, mais precisamente na área chamada fóvea central, existem milhões de células fotossensíveis capazes de transformar a luz em impulsos eletroquímicos. São os cones e os bastonetes.

Os bastonetes não possuem nenhuma informação cromática, sendo responsáveis apenas pelas informações de intensidade luminosa dos objetos, não distinguindo diferenças finas entre forma e cor. Já os cones são capazes de fornecer imagens mais nítidas e detalhadas, proporcionando as impressões de cor. Existem três tipos de cones e cada um é responsável pela informação de um matiz diferente: vermelho, verde ou azul. É a interação dos cones e dos bastonetes que o ser humano é capaz de perceber todo o espectro cromático.

A teoria Gestalt


A gestalt, ou Psicologia da forma, nasceu por oposição à Psicologia do século XIX, que tinha por objecto os estados de consciência. Köhler, Wertheimer e Kofka, criticam Wundt e a sua tentativa de decompor os processos mentais nos seus elementos mais simples. Os gestaltistas reagem contra esta concepção atomista e associacionista, invertendo o processo explicativo. Enquanto os associacionistas partem das sensações elementares para construir as percepções, os gestaltistas partem das estruturas, das formas, defendendo que nós percepcionamos conjuntos organizados em totalidades. A teoria da gestalt considera a percepção como um todo, e parte deste todo para explicar as partes; enquanto que os associacionistas partiam das partes para explicar o todo.
Por exemplo, uma melodia é ouvida como uma totalidade, como um conjunto e quando a escutamos, não temos consciência das notas que a compõem. Quando percepcionamos um automóvel, não vemos primeiro o tejadilho, depois as portas e em seguida as rodas, percepcionamos o automóvel como um todo e só depois passamos à análise dos elementos, dos pormenores.

Percepção Visual


O processo de percepção tem início com a atenção que não é mais do que um processo de observação seletiva, ou seja, das observações por nós efetuadas. Este processo faz com que nós percebamos alguns elementos em desfavor de outros. Deste modo, são vários os fatores que influenciam a atenção e que se encontram agrupados em duas categorias: a dos fatores externos (próprios do meio ambiente) e a dos fatores internos (próprios do nosso organismo).

Segundo a teoria empirista, representada por Bacon, Hobbes, Berkeley, Hume e Locke, a sensação e a percepção são de ordem externa, causadas por estímulos que agem sobre nossos sentidos e sistema nervoso, recebendo uma resposta do cérebro, que volta a percorrer nosso sistema nervoso e retorna aos órgãos dos sentidos sob a forma de uma sensação ou de um conjunto de sensações, ou seja, a percepção.
A Gestalt aparece como um exemplo da aplicação da fenomenologia na psicologia. Foi desenvolvida no início do século XX, por um grupo de pesquisadores da área da psicologia da percepção –Ehrenfels, Koffka, Wertheimer e Köhler, entre outros. A palavra Gestalt, em alemão, significa figura, configuração, forma

Artes Visuais- função e mensagem


área da Arte Visual e Design é extremamente ampla. Abrange qualquer forma de representação visual, ou seja, cor e forma. Outras formas visuais dramáticas costumam ser incluídas em outras categorias, como teatro, música ou ópera, apesar de não existir fronteira rígida. É o caso da arte corporal e da arte interativa ou mesmo do Cinema e do Vídeo-arte, inter alia.

As artes que normalmente lidam com a visão como o seu meio principal de apreciação costumam ser chamadas de artes visuais. Consideram-se artes visuais as seguintes: pintura, desenho, gravura,fotografia e cinema. Além dessas, são consideradas ainda como artes visuais: a escultura, a instalação, a arquitetura, a novela, o web design, a moda, a decoração e o paisagismo.

Elementos básicos da comunicação visual

Os elementos visuais constituem a substância básica daquilo que vemos, e seu número é reduzido: o ponto, a linha, a forma, a direção, o tom, a cor, a textura, a dimensão, a escala e o movimento. Por poucos que sejam, são a matéria-prima de toda informação visual em termos de opções e combinações seletivas. A estrutura da obra visual é a força que determina quais elementos visuais estão presentes, e com qual ênfase essa presença ocorre. A utilização dos componentes visuais básicos como meio de conhecimento e compreensão tanto de categorias completas dos meios visuais quanto de obras individuais é um método excelente para explorar o sucesso potencial e consumado de sua expressão. O ponto é a unidade de comunicação visual mais simples e irredutivelmente mínima. A linha descreve uma forma. Na linguagem das artes visuais, a linha articula a complexidade da forma. Existem três formas básicas: o quadrado, o círculo e o triângulo eqüilátero. A cor é um fenómeno óptico provocado pela acção de um feixe de fótons sobre células especializadas da retina, que transmitem através de informação pré-processada no nervo óptico, impressões para o sistema nervoso. A cor tem maiores afinidades com as emoções. A cor tem três dimensões que podem ser definidas e medidas. A textura é o elemento visual que com freqüência serve de substituto para as qualidades de outro sentido, o tato.

Anatomia da mensagem visual



Possíveis investigações sobre os preceitos da percepção visual, deverão produzir trabalhos práticos relativos aos aspectos sintáticos da linguagem plástica visual e por meio desta estrutura básica de conhecimentos deverão produzir trabalhos que proporcionem uma reflexão crítica sobre o conteúdo programático.

Anatomia da mensagem visual: Representação, abstração, simbolismo. Os caminhos da abstração. Pensamento visual.

Perceber, compreender, contemplar, observar, descobrir, reconhecer, visualizar, examinar, ler, olhar. São processos e funções com inúmeras conotações: da identificação de objetos simples ao uso de símbolos e da linguagem para conceituar, do pensamento indutivo ao dedutivo. O número de possibilidades desta pergunta mostra a própria complexidade do caráter e do conteúdo da inteligência visual.


Expressamos e recebemos mensagens visuais em três níveis:

• representacional – identificação com o real, com a experiência. A realidade é a experiência visual básica e predominante. É a forma como aprendemos sobre coisas, das quais não podemos ter experência direta, através dos meios visuais.

• simbólico — todo o universo de sistemas de símbolos codificados que o homem criou e atribuiu significados. É a simplificação radical, aos mínimos detalhes. O símbolo pode ser qualquer coisa, de uma imagem simplificada a um sistema extremamente complexo de significados atribuídos, a exemplo da linguagem ou dos números. Para o símbolo ser eficaz deve ser visto, reconhecido, lembrado e reproduzido. Exemplos: a letra, o número, “paz e amor”, suástica, cruz vermelha e etc.

• abstrato – aquilo que a gente “enxerga”, seja da forma mais direta ou emocional. É o fato visual reduzido aos seus componentes básicos/elementares, os emocionais e os primitivos. Abstração é uma simplificação que busca um significado mais intenso e condensado. A percepção humana elimina os detalhes superficiais, numa reação à necessidade de estabelecer o equilíbrio e outras racionalizações visuais. A abstração pode existir não apenas na pureza de uma manifestação visual reduzida à minima informação representacional, mas também como abstração pura e desvinculada de qualquer relação com dados visuais conhecidos (arte abstrata).

Introdução ao alfabeto visual


Superfície e textura – quando observamos uma superfície, percebemos que suas características podem ser diferentes da impressão que nos deu a primeira vista. Uma superfície aparentemente lisa pode se mostrar, vista por meio de uma lente, com outra personalidade: enrugada, crespada, aveludada, acetinada, ondulada.....


Linha – a linha é uma marca contínua ou com aparência de contínua. Quando é traçada com a ajuda de qualquer instrumento sobre uma superfície, chama-se linha gráfica e é o sinal mais versátil, pois pode sugerir movimento e ritmo, comunicar sentimentos e sensações.Os artistas exploram as possibilidades expressivas do traço, principalmente como realizam o contorno das figuras .

Quando a luz atinge um objecto, uma parte dos raios luminosos é absorvida pelo objecto e se transforma em calor enquanto a outra parte, é refletida e atinge nossa visão. Ou seja, o que percebemos como cor é uma forma de reflexo.